"DUAS ORIGENS" - Celofane.
Você com certeza já se perguntou, por pelo menos algumas vezes, de onde surgiu o homem, e logo lembrou do homem-primata, sapiens-sapiens, sapiens, erectus, enfim, macaco! Não é nenhum mérito chegarmos a tal conclusão, mesmo porque cansamos de ver e rever lá nos tempos de escola esta bela história.
Já experimentou, então, fazer-se a mesma pergunta após ter assistido a missa das 17h no domingão de família reunida na casa da tia Fátima. Com apenas meia hora de homilia do Sacerdote sua linha de raciocínio será outra.
Você agora vai estar pensando em Adão, Eva, maçã, enfim, pecado! O tão falado pecado que hoje, ao longo de seus vinte ou trinta anos, já nem parece “tããããão” pecado assim, né? Pois é. Foi lá que o homem iniciou sua trajetória de dominação sobre as demais espécies animais... ou não?
O fato é que, quase ao mesmo tempo que aprendemos a leitura científica, aprendemos também – talvez não por acaso – a leitura religiosa, sobre o surgimento da humanidade. Isto acaba que causando um dano irreversível de submissão aos dois fundamentos, e é claro você tende a recair para aquela que recentemente lhe exigiu alguma atenção, no nosso caso, uma missa de domingo é tempo, mais que suficiente, para tornarmos mais católicos, mesmo que seja apenas pelos poucos minutos subseqüentes.
O problema é que para o resto da vida as pessoas passarão a aceitar as duas origens por uma questão de conveniência. Por mais que a ciência utilize provas para comprovar a veracidade, sua credibilidade também é perecível, isto é, até a próxima missa de domingo.
É claro que, outros fatores acabam por influenciar o tema. Seja em traumas, ao qual, nos fazem perder a confiança em nós ou em nossos padroeiros; seja o estado de espírito que nos encontramos fruto, em sua maioria, do pé que primeiro tocamos o chão ainda pela manhã; ou, claro, seu grau de religiosidade. Quaisquer que sejam os motivos, estamos sempre oscilando entre as duas origens.
É importante então, já que se mostra inevitável, sabermos, ao menos, separá-los.
Imagine só o quão embaraçoso seria, você contar ao seu filho que a maçã foi a macaca que mastigou, depois que a cobra, que já andava ereta, a ameaçou com uma de suas armas, feitas a próprio punho, uma habilidade recente daquela espécie que outrora perdera uma de suas costelas no paraíso.
Daniel Lopes
Já experimentou, então, fazer-se a mesma pergunta após ter assistido a missa das 17h no domingão de família reunida na casa da tia Fátima. Com apenas meia hora de homilia do Sacerdote sua linha de raciocínio será outra.
Você agora vai estar pensando em Adão, Eva, maçã, enfim, pecado! O tão falado pecado que hoje, ao longo de seus vinte ou trinta anos, já nem parece “tããããão” pecado assim, né? Pois é. Foi lá que o homem iniciou sua trajetória de dominação sobre as demais espécies animais... ou não?
O fato é que, quase ao mesmo tempo que aprendemos a leitura científica, aprendemos também – talvez não por acaso – a leitura religiosa, sobre o surgimento da humanidade. Isto acaba que causando um dano irreversível de submissão aos dois fundamentos, e é claro você tende a recair para aquela que recentemente lhe exigiu alguma atenção, no nosso caso, uma missa de domingo é tempo, mais que suficiente, para tornarmos mais católicos, mesmo que seja apenas pelos poucos minutos subseqüentes.
O problema é que para o resto da vida as pessoas passarão a aceitar as duas origens por uma questão de conveniência. Por mais que a ciência utilize provas para comprovar a veracidade, sua credibilidade também é perecível, isto é, até a próxima missa de domingo.
É claro que, outros fatores acabam por influenciar o tema. Seja em traumas, ao qual, nos fazem perder a confiança em nós ou em nossos padroeiros; seja o estado de espírito que nos encontramos fruto, em sua maioria, do pé que primeiro tocamos o chão ainda pela manhã; ou, claro, seu grau de religiosidade. Quaisquer que sejam os motivos, estamos sempre oscilando entre as duas origens.
É importante então, já que se mostra inevitável, sabermos, ao menos, separá-los.
Imagine só o quão embaraçoso seria, você contar ao seu filho que a maçã foi a macaca que mastigou, depois que a cobra, que já andava ereta, a ameaçou com uma de suas armas, feitas a próprio punho, uma habilidade recente daquela espécie que outrora perdera uma de suas costelas no paraíso.
Daniel Lopes